quinta-feira, 14 de maio de 2015

Perdoai-me, Saramago, que pequei

O novo acordo ortográfico da língua mais ou menos portuguesa apareceu na altura em que eu estava a queimar os últimos cartuchos na Universidade. Lá chegaram as directrizes do reitor a informar que a partir daquele dia, os exames, trabalhos e demais documentos deveriam ser escritas em brasileiro, que assim é que era bonito. Pois... no leque de cenas importadas do Brasil, eu preferia as caipirinhas. Ou a depilação, pronto. Mas ninguém me dá ouvidos.
Fiz o relatório de estágio a contragosto, com o Word a sublinhar de vermelho três em cada duas palavras que escrevia. Mas quando tenho hipótese de escolha, continuo a escrever com os assentos e as letras todas.

Pois parece que o período de transição acabou, e agora a palhaçada passou a ser obrigatória. Está bem então. Eu cá só mudo de ideias quando me pagarem umas férias no Brasil, para aprender o novo idioma in loco.

(notícia daqui)

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